terça-feira, 4 de setembro de 2012

Campina Grande - Paraíba

Estou em Campina Grande para participar do Congresso Brasileiro de Automática. Um dos projetos que participo tem 3 artigos aprovados aqui e acompanho os alunos da UFMG que irão apresentá-los.

A viagem foi meio maluca, porque virei a noite na gandaia c/ os amigos: era aniversário do Marconi (@mateusmr) e o Bóris (@borgesr) estava em BH; e o sistema da empresa me obrigou a comprar a passagem mais barata com o vôo às 7:29hrs e quatro! horas de escala no Galeão RJ!

Na ida, sentei ao lado de uma senhora indiana já há 35 anos no Brasil, mas que ainda fala português muito mal. Não entendia quase nada do que ela dizia, mas como estava com muito muito sono, acabava concordando para não ter que render muito assunto.

Porém depois que tirei meu primeiro cochilo e já no aeroporto do Galeão, ela até mostrou-se ser uma senhora simpática, apesar de nossas dificuldades de comunicação continuarem. Ela falou que seus 2 filhos também são engenheiros eletricistas. Um fez doutorado na Alemanha e é professor em João Pessoa, o outro fez "só" o mestrado e é, segundo ela, "presidente" da Stefanini em Belo Horizonte. Por algum motivo que não entendi, ela está se mudando para João Pessoa. Foi bom p/ passar o tempo, ela me mostrou fotos de suas viagens ao redor do mundo e eu mostrei fotos da minha família também.

O transporte de João Pessoa para Campina Grande nós fizemos numa van do evento. Digo nós, pq a essa hora, fiquei conhecendo outras pessoas que participariam do evento. São elas: um pessoal do Cefet-MG de Leopoldina, 3 caras e uma menina e um físico mestrando em engenharia e um dourando, ambos da UFRJ.

O que me chamou a atenção no caminho p/ Campina Grande foi a quantidade de geradores
eólicos que vi, utilizados pelos sítios e fazendas para bombeamento de água. Vou subir uma foto, mas enquanto ela não vem, explico que é o modelo  daqueles filmes americanos estilo "A conquista do Oeste"

Imaginava CG uma cidade um pouco diferente. A cidade está bastante suja, mas vê-se claramente progresso em altos e novos edifícios residenciais. 

 O hotel em si é uma espelunca. Resolvi ficar no mesmo hotel que o pessoal da UFMG e de quebra, economizo para a empresa. Ontem por exemplo, não tinha água quente no banheiro (água bem morninha mesmo), há uma janela basculante no box, onde se escuta barulhos do banheiro do outro quarto, vi uma baratinha ao lado da mesa de café hoje, a estante da TV é torta, bem como várias outras coisas aqui no Hotel são tortas e esquisitas (fotos depois). Mas ok. É o tipo do hotel em eu acredito que você pode encontrar o amor da sua vida. Então, por amor vale a pena.


Gostei muito das apresentações que vi ontem. Fiquei surpreso positivamente. Mas algumas decepcionaram muito. O CBA é um evento puramente acadêmico e eu que trago a visão da indústria, tenho muita coisa a criticar e contribuir. Por exemplo, um mestrando apresentou um artigo que ele dizia que o custo para abrir manualmente uma chave de distribuição era apenas U$3,00 (é mais de U$300,00, foi o que lhe falei depois pessoalmente...). Meu estado mental também está melhor, assim contribui para que tenha mais paciência com eventos, vejo claramente como amadureci nos últimos anos, fiz perguntas e sugestões em quase todas as plenárias que participei. Além de tudo, a minha interação com os alunos do UFMG tem sido importante para melhorar o direcionamento do projeto.

Tanto segunda-feira quanto domingo a cidade mostrou-se muito deserta, talvez lá para quarta-feira tenha algo mais agitado para fazer. E SIM, as paraibanas são lindas pelo que vi até agora!

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